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Dicionário de Cinema
Suspense
Essa palavra inglesa, ela própria prima da francesa suspens, passou sem modificações para a língua francesa, assim como para o português, principalmente a partir da obra de Alfred Hitchcock. No sistema hitchockiano, o suspense abrange duas funções e duas intenções: 1. Um aspecto psicofisiológico: o espectador deve se identificar fortemente com a situação representada, e para tanto o meio mais eficaz é provocar sua identificação com a personagem em perigo, seja ela um herói ou não. O suspense visa a uma espécie de contaminação emocional, que deve colocar o espectador em um estado em que ele não controle mais suas reações. Assim, ele se opõe a surpresa, que só afeta o espectador de modo fugidio e superficial.
2. Um aspecto morfológico: sendo cada plano dotado de uma intensidade, a sequência dos planos deverá ser regulada de acordo com essas intensidades. O trabalho do cineasta é, portanto, de modelagem das intensidades no tempo.
2. Um aspecto morfológico: sendo cada plano dotado de uma intensidade, a sequência dos planos deverá ser regulada de acordo com essas intensidades. O trabalho do cineasta é, portanto, de modelagem das intensidades no tempo.
Afílmico
Que existe no mundo usual, independentemente de qualquer relação com a arte fílmica, ou sem qualquer destinação especial e original em relação com essa arte. Na perspectiva da escola de filmologia, é em particular o grande critério distintivo do documentário, que representa "seres ou coisas que existem positivamente na realidade alfímica", diferentemente do cinema de ficção, que representa uma realidade profílmica.
Caligrafismo
A caligrafia é a arte de bem formar os caracteres, de traçar uma escritura dotada formalmente de propriedades estéticas. Foi a crítica italiana do início do anos 1940 quem forjou o mesmo "caligrafismo" para designar uma corrente estética diferente do neo-realismo. O filme de referência na matéria é Malombra Soldati. Os filmes dessa corrente são caracterizados por uma pesquisa estética muito formalizada e pela recusa dos temas do cotidiano em prol de temas históricos situados no século XX, ou então da Belle Époque - daí uma superambudância dos elementos decorativos; bordados, rendas, chapéus altos, espelhos. Essa inflação ornamental era acompanhada de uma pesquisa sobre a plástica da imagem. Alguns historiadores vêem na obra de Mauro Bologinini e no
Visconti de Senso, Sedução da Carne, ou até mesmo de Il gattopardo ( O leopardo), um prolongamento e uma herança dessa estética.
Visconti de Senso, Sedução da Carne, ou até mesmo de Il gattopardo ( O leopardo), um prolongamento e uma herança dessa estética.
Esse filme é legalzinho!
ResponderExcluirÉ ótimo para assistir em noites de insônia
o sono chega rapidinho.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirMe desculpe o Rapha, mas tenho que defender a qualidade do filme. Tive uma surpresa boa quando assisti ao filme no inicio de 2008. Primeiro pelo lado cômico do roteiro - um alemão refugiado percorrendo o sertão nordestino para vender remédio, em um lugar onde a medicina popular caseira domina é realmente engraçado.
Em segundo lugar, concordo plenamente com os criticos que dizem que o filme é um divisor de águas no cinema brasileiro, por ter proposta de fabula. Como tal, o filme, o narrador, o roteiro ... tudo "acredita" na "verdade" dos dois personagens, no objetivo de cada um deles e no trajeto que eles percorrem.
Em terceiro a produção, o figurino, as técnicas de luz e filmagem dizem-nos que não é apenas uma história que está sendo filmada, mas um filme encenado.
Realmente é encantador!
Sim ... uma outra questão:
ResponderExcluirCinema, aspirinas e urubus não tem a intenção de ser um "grande filme". É justamente por isso que se torna um. Vejo-o como uma possibilidade entre o cinema popular e o cinema tido com de arte.